13 de junho de 2013

Convidado especial



Apesar dos ecos ameríndios do nome, a Quinta do Quetzal fica na região da Vidigueira, Alentejo.
Provámos pela primeira vez o Tinto Reserva de 2008 e a prova correspondeu plenamente à recomendação. Optámos por fazer a prova com uma selecção muito pequena de queijos, que não se intrometesse em demasia na prova e que proporcionasse uma refeição leve em que a estrela fosse o próprio vinho.
Além da recomendação de viva voz, o vinho ostentava diversos prémios em concursos internacionais, para além do 17 que mereceu de João Paulo Martins na edição de 2012 do seu guia.

Segundo o produtor, é produzido em solos xistosos de potencial produtivo médio com acentuado declive. O lote é constituído por Petit Syrah (50%), Trincadeira (15%) e Alicante Bouschet (35%).

Diz-se na ficha técnica do vinho que «As uvas são colhidas para pequenas caixas e imediatamente transportadas para a adega e arrefecidas até uma temperatura de 15ºC, depois são desengaçadas e ligeiramente esmagadas para dentro de um balseiro de Carvalho Francês. A fermentação ocorre durante 8 dias, a uma temperatura de 26ºC, com 4 ou 5 remontagens diárias durante 15 minutos cada.

Após a fermentação alcoólica, o vinho é colocado em barricas de 225 Lts, de Carvalho Francês onde vai estagiar durante 12 meses e estagia em garrafa 8 meses».

O teor alcoólico é 14%. A temperatura recomendada para beber é 16º.


É um vinho com grande concentração, opaco, cujo aroma abre lentamente, mas que claramente indicia ameixa ou amoras negras maduras, mas não exclusivas nem esmagadoras, tal como a madeira não excede o toque distinto. 

É ao mesmo tempo um vinho com carácter e um vinho equilibrado. Tem volume, não o suficiente para ser um vinho de «mastigar», mas a sua suavidade é, digamos, poderosa.

Podendo fazê-lo, será bom guardar algumas garrafas. Bebido já é altamente satisfatório.


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