21 de julho de 2015

Convidado especial


No tempo estival que atravessamos, pese algumas hesitações astrais, os brancos têm a primazia. Vários têm sido os que têm passado pela nossa mesa, tornando mais frescos os fins-de-tarde e alegrando as refeições próprias do Verão, onde por norma comparecem fartas e variadas saladas. Se uns são provados pela primeira vez, outros são regressos sempre apreciados.

No primeiro caso, está, por exemplo, o surpreendente Invisível (Aragonês, uma casta tinta) da Ervideira ou o Cova da Ursa (Chardonnay) da Bacalhôa; no segundo caso estão, por exemplo, o Catarina (Fernão Pires, Arinto e Chardonnay), também da Bacalhôa, o Quinta da Alorna (Chardonnay e Arinto), o valente Lupucinus (Arinto, Gouveio e Viosinho), da Quinta do Lubazim, o Duas Castas (Gouveio e Antão Vaz) do Esporão, o Dory (Arinto, Viognier e Fernão Pires), muito do apreço cá de casa e com um notável equilíbrio entre preço e qualidade; e, last but not the least, os Alvarinhos produzidos por Anselmo Mendes, o Contacto e o Muros Antigos, este último repetidamente bebido também na versão Escolha e Loureiro, ou a excelente versão do Alvarinho em espumante Bruto, da casa Soalheiro.

Porém, curiosamente, o nosso convidado especial de hoje é um vinho que não tem as características de um «vinho de Verão», pois é mais complexo do que fresco, se assim se pode dizer. Trata-se do Encruzado (2013) da Quinta dos Carvalhais. É coincidência, mas serve a referência também para saudar o posicionamento da Sogrape no primeiro lugar do ranking das melhores empresas vinícolas do mundo.

A casta que leva o nome de Encruzado é, em nossa opinião, uma das mais interessantes castas nacionais e rastreámos a sua presença a propósito do Vinho do Buçaco. Acerca dela informa-nos o Instituto da Vinha e do Vinho

«Casta branca autóctone, é cultivada nas áreas da IGP Beiras, com particular incidência na DOP Dão, bem como nas IGP da Península de Setúbal e Alentejano; é uma casta com características específicas (desenvolve gavinhas nos entre-nós), apresentando no geral boa afinidade com todas as variedades de porta-enxertos. Os vinhos obtidos são geralmente de elevada qualidade, elegantes e de grande complexidade aromática, com notas vegetais (pimenta verde), florais (rosa e violetas), minerais (pederneira) e frutos (limão), a que se podem associar outros, com o envelhecimento».

Acompanhou uns discretos lagartos (porco) e legumes assados na pedra e confirmou continuar a ser um grande vinho, de qualidade invariável, e que representa os grandes predicados da casta.

15 de julho de 2015

Tábuas | Merengue com frutos vermelhos


3 claras de ovo e 125 gr de açúcar em pó.

Bater as claras em castelo bem duras e juntar o açúcar a pouco e pouco até obter um merengue bem consolidado.

Untar uma base de forma desmontável, redonda, cobrir com papel vegetal e untar por sua vez o papel vegetal.

Com a massa do merengue, formar uma bolacha grande e alta.

Vai ao forno a 150º durante 45 a 60 minutos. A cozedura deve ser lenta.

Depois de pronto, colocar o merengue numa tábua, e a 250 gr de Mascarpone juntar 3 a 4 colheres de whisky que vão forrar o merengue.

Por cima, colocar os frutos vermelhos – morangos, framboesas, mirtilos, amoras e pêssego.

Decorar com folhas de hortelã. Regar com um fio de mel e mais um fio de whisky.