18 de maio de 2017

Convidado especial

Visitámos a Herdade de Pegos Claros, a convite de Tomás Caldeira Cabral e de Rodrigo Quina distribuidores da marca. A Herdade fica perto de Lisboa, em Sto. Isidro de Pegões, o que faz com que não haja desculpa para não a visitar.





Na visita guiada pelo enólogo da Herdade, Bernardo Cabral e por José Gomes Aires, responsável da equipa de gestão da Herdade de Pegos Claros, tivemos oportunidade de caminhar no terreno arenoso onde a vinha está plantada. Muitas vinhas velhas, que variam entre os 30 e os 90 anos de idade (65% dos 40 hectares de vinha contínua ali plantada), entre as quais se podem ver retanchas bem sucedidas. Aqui reina em absoluto a casta da região: Castelão.




A Herdade data das primeiras décadas do século xx, sendo a sua demarcação contemporânea da gigantesca Herdade de Rio Frio. O encanto da sua adega é precisamente o facto de, resistindo às tentações da «modernização», ter mantido o modo tradicional de fazer o seu vinho: métodos tradicionais de rega, de colheita manual, pisa a pé, fermentação em lagar aberto e estágio em madeira de carvalho.





Actualmente, a Herdade de Pegos Claros, uma herdade cuja área total ronda os 500 hectares, onde se praticam várias culturas, nomeadamente o montado de sobro, comercializa cinco marcas com a denominação «DOC Palmela», e sob a responsabilidade dos enólogos Frederico Falcão e Bernardo Cabral, criaram os vinhos: Pegos Claros Rosé 2015, Pegos Claros 2012, Pegos Claros Tinto Reserva 2013, Pegos Claros Grande Escolha 2012 e Pegos Claros Blanc de Noirs 2016.

A visita à Herdade foi muito proveitosa. No final, além dos tintos que já descobriramos algum tempo, como se referiu neste blogue, pudemos provar o recente branco, que não conhecíamos, o Pegos Claros Blanc de Noirs, e também um vinho engarrafado em 2015 – resultado de uma experiência de fermentação em barrica aberta, está um vinho cheio e taninoso, sem concessões às modas, decerto bom parceiro gastronómico –  ainda em crescimento na garrafa e longe de ser comercializado, por enquanto com a designação de Talhão 22. Uma boa surpresa para os admiradores dos vinhos desta herdade.


O conjunto de vinhos produzidos nesta adega tradicional merece toda a atenção dos apreciadores. São vinhos de carácter.


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